Com um estúdio de ioga em Nashville, nos Estados Unidos, Guest-Jelley vem se destacando por ensinar posturas (ou asanas, como os praticantes as chamam) que podem facilmente ser praticadas por indivíduos “plus size”, como a pose do guerreiro (“Virabhadrasana”) que, entre outros benefícios, promove o alinhamento da coluna, fortalece os músculos e alivia dores.
Além de divulgar a atividade como uma experiência acessível a todos, a instrutora emprega a ioga como uma ferramenta de autoaceitação. “Por experiência própria e pelo que ouço dos alunos, somos levados a rejeitar nosso corpo”, declara. “Meu objetivo é encorajar as pessoas a aderiram ao exercício com a forma física que tem agora e não esperar por uma transformação”, enfatiza.
Prática segura
Gerson D'Addio da Silva, coordenador do curso livre de formação em ioga da Humaniversidade Holística, esclarece que há um grande repertório de técnicas justamente para possibilitar maiores opções de escolhas entre participantes.
Pela variedade de movimentos e posturas, ele informa que, desde que seja feita uma seleção adequada, pessoas com sobrepeso e mesmo obesas podem praticar ioga com segurança. “Há técnicas que trazem grandes benefícios, outras precisam ser adaptadas e outras ainda são contraindicadas”, declara.
Entre as recomendadas, Silva cita a pose da árvore (“Vrikshásana”). “É uma postura de equilíbrio que, como as demais, são acessíveis e trazem firmeza, ajudando no alinhamento e minimização das sobrecargas articulares as quais os obesos estão mais sujeitos”, esclarece. As técnicas de relaxamento e a meditação são igualmente indicadas, pois ajudam na redução do cortisol, “hormônio que favorece o acúmulo de gordura corporal”.
Segundo a especialista, muitos acreditam que a ioga exige um grande potencial físico. Isso se deve à imagem criada por revistas especializadas que abusam dos modelos em posturas inacessíveis para a maioria das pessoas, em sua opinião. “Isso afasta novos alunos. A ioga pode ser adaptada a idosos, gestantes, crianças, hipertensos, deficientes físicos e outros”, diz.
Tão importante quanto fazer uma boa escolha de técnicas, é respeitar os limites. Marcos Rojo, professor de ioga da Universidade de São Paulo (USP), ressalta que, se constatado qualquer desconforto, o aluno deve evitar a postura. “A primeira lição que um praticante deve aprender é não sofrer na prática”, informa. Ele também alerta para a importância de fazer uma avaliação inicial para verificar se há dores lombares, pressão alta, problemas cervicais ou qualquer outro distúrbio.
Respeito às diferenças
Guest-Jelley conta que a ideia de escrever o livro surgiu da percepção de que os alunos careciam de um material de referência para praticar os exercícios em casa, com segurança. A mesma sensação ela tinha entre os instrutores, que, em sua opinião, ressentem de um preparo adequado para lidar com os diferentes tipos físicos.
Silva está de acordo com esse ponto de vista. “Vejo uma grande rigidez na orientação das técnicas, como se só uma forma de execução fosse a correta”, declara. Ele acredita que essa atitude deixa de lado as variações que podem ser adotadas em respeito às características individuais.
O livro “Permission to Curve” está disponível na página oficial da autora, Curvy Yoga - www.curvyyoga.com.
Silva está de acordo com esse ponto de vista. “Vejo uma grande rigidez na orientação das técnicas, como se só uma forma de execução fosse a correta”, declara. Ele acredita que essa atitude deixa de lado as variações que podem ser adotadas em respeito às características individuais.
O livro “Permission to Curve” está disponível na página oficial da autora, Curvy Yoga - www.curvyyoga.com.
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